sábado, 7 de fevereiro de 2009

ARISTÓTELES E MINHAS VELEIDADES

Quem melhor tratou sobre Ética, provavelmente tenha sido Aristóteles. Em obra em homenagem ao pai, Nicômaco, expôs com clareza as bases de seu pensamento. Para o filósofo macedônio, grosso modo, a Ética não deveria ser compreendida em razão de si mesma, todavia como instrumento cuja função é a felicidade do homem. A Ética aristotélica não se ocupa do que é inato, mas das ações repetidas, hábitos, sejam eles vícios ou virtudes. Virtude, para o autor, seria o equilíbrio racional que procura o meio termo entre as características humanas. Vício, por sua vez, são as faltas e os excessos originadas das paixões.

Ah, Sr.Aristóteles! Como anti-herói que sou, ajo duas vezes antes de pensar. Antes que me dê conta a mão já se ergue; o punho fremi ; o brado troa a palavra ressoa, mas pago o preço, pois tão logo o coração arrefece, sigo só, feroz, faminto, cego e sem sossego, cedo, esmoreço. Meu instinto, caudilho, reina tirano; meu espírito soberbo, vara madrugadas saciando incontinências e brindando aos desenganos. Os excessos que me tecem as Parcas não são lá muito maiores que as faltas que me compadecem. Se paixões são veneno, é, sábio filósofo, diz-me então: o que faço deste veneno,vício ou veleidade, que me atordoa e ao mesmo tempo me apetece?

6 comentários:

  1. As vezes acho que a vida é um Mixto quente.

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  2. Em algum momento da vida há de existir equilíbrio.

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  3. ACONTECE QUE O MAL NOS ATRAI, Mas ao mesmo tempo nos trai.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Meu vício... aquela virtude... sempre sinto o vício com um pronome possessivo... e a virtude com um pronome indicativo...

    Gostei...

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