Ébrios e prenhes de fantasias tão atrozes quanto à trois.
Troam as vozes dos trovões enquanto lúdicos loucos se permitem e se perdem em fantasias, versos e aliterações. "três pratos de trigo para três tigres"
Quem foi que disse que três é número impar?
Se estória não consta dos dicionários, aquela seria uma, sem nexo, sem léxico, no meio de tantas outras não dicionarizáveis.
“Onde eu deixei minha bolsa?”, “Por que você me queimou com as cinzas do cigarro?”, “Onde estão as chaves do carro, meu bem?”
Pândegos, riem e remoem memórias vívidas e não vividas. Cantam velhas canções que ouviram em um boteco enxovalhado da esquina onde se toma uma coca-cola depois de uma noite de ressaca.
Troçam e se trançam, brincam e descansam, brindam e balançam. " Você realmente leu aquele livro do Baudelaire ou está bêbado?". " Os dois meu bem!!".
Lúbricos, ignoram a luz do dia. São pintores de uma tela cubista com a paleta de cores feita de membros e retalhos, de frêmitos e humores. Protagonistas de uma película surreal de Dali e Buñel, ou náufragos em uma canoa, sem limites, como em outra do Mario Peixoto.
Trôpegos, lassos e sem laços já não encontram mais o vulgar caminho daquilo que se chama casa. " deixe que ela dirija", "Por que você me tratou assim?"……….."Ei, que chaves são essas no meu bolso?"